Categoria: Educação

Suporte Nubank. AKA “Haja Paciência”

Relação com suporte técnico é sempre espinhosa. Mas quando é com empresas ditas moderninhas e descoladas, o tamanho dos espinhos parecem maiores. Este é o caso do suporte Nubank.

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Apanhou pouco

Realmente o país está no fundo do poço e eu, cada vez mais, frustrado com a impotência que me abate por não poder fazer nada e principalmente por saber que não adianta tentar. Leia Mais

É isso aí ministro

Do estadão de hoje:

Mercadante manteve o discurso contrário à destinação de 10% do PIB para educação. “Não basta o Congresso dizer que precisa ter uma meta de investimento. Tem que dizer que onde virá o recurso”, disse.

É isso aí meu querido ministro, tem-se que manter o povo na estupidez e ignorância para que possam continuar a votar na corja da qual faz parte. Está fazendo seu papel perfeitamente, merecendo inclusive ser laureado com um Nobel.

Ordinário.

A descoberta

Por quê o Brasil é um dos países com mais acesso as redes sociais desde o Orkut? Simples, o povo deixa de estudar para ficar futricando a vida dos outros.

Prova disso é o vergonhoso (para nós brasileiros) informe apresentado no Fórum Econômico Mundial sobre a qualidade de ensino no Brasil. Ocupamos em matemática a ridícula 116ª posição e, em ciências, a “glamourosa” posição de número 132 (foram 144 países avaliados), ficando atrás de países que você certamente nunca ouviu falar e tampouco sabe onde fica como Chade, Lesoto, Suazilândia e Azerbaijão.

Mas está tudo bem, afinal vão ser criados dois novos programas pelo governo federal: o bolsa matemática básica, voltado às domésticas e pedreiros e o bolsa ciências, voltadas as crianças que precisam aprender a plantar pés de tomates em copinhos descartáveis com algodão.

“Haja o que hajar”, vai dar certo.

Enquanto isso, no hemisfério sul…

mundoA primeira realidade:

Faltando 30 meses para o início da Copa de 2014 no Brasil, 54% das obras de transporte (urbano e aeroportos) previstas para o evento não tem nem licitação.

Fonte: Folha de São Paulo

A segunda realidade:

O Broad Group, empresa chinesa de construção sustentável, completou outra impossível tarefa construindo um protótipo de um prédio de 30 andares em 360 horas, depois de construir outro prédio de 15 andares em uma semana em 2011.

Fonte (com o vídeo da façanha): YouTube

Muito bem! Depois dessa, os pseudos-sindicalistas de plantão e os esquerdistas órfãos de pai e mãe irão dizer: “é, mas na China o trabalho é escravo, o povo é explorado”.

Bem, então vejamos outras realidades:

A China é hoje o segundo PIB do mundo, 3 vezes maior que o do Brasil, o maior exportador do planeta, está chegando na sola de nosso país no PIB per capita, cresce cerca de 10% ao ano, deve somente 17,5% de seu PIB e possui as segundas melhores notas de crédito do mundo.

Na educação, estão junto com o Brasil com 92% da população “escolarizada”, mas a diferença para aí. Lá o governo enfiou 9% a mais de seu PIB na educação no último ano, enquanto aqui o governo fica falando em tentar chegar em 7% (agora é 5%). Mas a piada de mau gosto de nosso governo não fica nisso. Ele alardeia como se tivesse ganho um prêmio Nobel a entrega de 214 unidades de ensino técnico, aquele que vai dar a primeira base profissional para o cidadão. Mas e do outro lado? Bem, lá são… 17.700 escolas técnicas.

Acha que acabou? Não não, tem mais ainda para dar risada (sim, risada porque senão chora com a realidade). O governo gasta uma baba com publicidade para fazer um vídeo onde alguns figurões do planalto central vangloriam-se que nosso país tupiniquim aumentou dez vezes sua produção científica nos últimos 25 anos, enquanto a produção mundial somente dobrou. Bonito não é? Mas e se eu mostrar para você que a China aumentou sua produção 7 vezes em 12 anos e vai bater os EUA ainda nesta década na produção científica, tornando-se o primeiro do mundo?

Claro que poderia enveredar-me por outras searas mas nem vale a pena. Quem tem dois neurônios funcionando consegue perceber que eles estão realmente crescendo e nós patinando num mar de corrupção, descaso, escândalos e sacanagens. Mas o pior é o povo não aprende mesmo. Aquele mesma pária de esgoto, ex-presidente Collor de Melo está em Brasília fazendo coro com Sarney, Jucá e agora Jader Barbalho (aquele que renunciou há 10 anos atrás). E quem os colocou lá?

Enquanto reclamamos que eles fazem porcarias Made in China (mesmo “esquecendo” que eles fazem iPads, iPhones, navios, satélites, etc), que possuem um governo que restringe a liberdade e que são “um bando de amarelos que falam estranho”, nós ficamos babando na nova edição do BBB e esperando realmente que a Copa do Mundo traga um pouco mais de felicidade (para as empreiteiras, claro).

Triste.

A bouça oculpada

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ler. Tenho que concordar com a frase pois não consigo imaginar algo pior. Mas a cegueira não é somente aquela da visão. A da educação também pode ser colocada neste rol e normalmente é muito pior que a ocular.

Ter problemas com a língua portuguesa não é feio. Muita gente tem (inclusive eu). Palavras como lida, sanca ou até mesmo pergolado, aquelas que pouco usamos no cotidiano sempre pregam peças até mesmo nos mais eruditos. Mas existem algumas coisas que são inaceitáveis.

Dias atrás Josué (nome fictício) me pergunta no Facebook se eu estava “oculpado” para fazer um projeto. Confesso que não respondi pois meu nível de tolerância anda tão baixo com este tipo de coisa que preferi ignorar a dar uma resposta daquelas. E pensando na resposta, perguntei em meu twitter, o que deveria fazer sobre isso. Algumas dicas são muito interessantes:

“fala pra ela que vc ADIMRA muito seu esforsso!” (by @alemenon)

“Seja magnânimo e “declupe”” (by @anahuacpg)

“Mata a pedrada” (by @hadesjunior) <- gostei desta ;)

“pede desculpa, e procura outra…sem culpa…” (by @adriano_campos) <- hilária

“Que não pode “experar”” (by @dwalisson) <- boa também

“Se ela está com alguma culpa, basta desoculpá-la” (by @Kl0nEz)

A coisa anda tão feia que estou pensando seriamente em escrever um “dicionário do português chulo”, algo como um tutorial de como você deve interpretar determinadas palavras cuja ortografia dói nos olhos e fazem o cérebro entrar em parafuso. Por quê disso? Bem, quando alguém escreve “bouça”, o que você deve pensar?

Dureza não?

Errado desde o berço

Procurando alguns websites de universidades pelo mundo que utilizam certa ferramenta de gestão de conteúdo para enriquecer uma palestra minha, deparo-me com o seguinte: a Universidade de Santo Tomás, nas Filipinas (sabe onde fica?) está completando este mês 400 anos, isso mesmo, quatrocentos anos de história.

Universidade Santo TomasSó para constatar o que já imaginava, a primeira faculdade/universidade do Brasil foi a FAMEB – Faculdade de Medicina da Bahia, atual UFBA, que completou em 2008, 200 anos de vida. Por que desta diferença? O texto de Eustáquio Gomes no Jornal da Unicamp de 2002 dá as pistas. É interessante ver, por exemplo, que nos EUA a primeira universidade nasce 140 anos antes de sua independência.

Depois ainda dizem que sou um cara que não dá valor as origens. Tem como?

Jornalismo ridículo

Não é de hoje que desisti de assistir os canais abertos de TV. A quantidade de lixo jogado pelas frequências é tão grande que fico imaginando se pudéssemos pesar, teríamos balança para tal. Desde reportagens sem nenhum cunho científico ou técnico até aquelas mais sensacionalistas criadas somente para “vender” o escracho de outrem, é uma verdadeira babel de inutilidades. Claro, as TV’s passam isso porque existe audiência e isso que me deixa mais chateado. Como pode uma pessoa perder horas de sua vida dando audiência para débeis mentais que banalizam tudo o que tem de ruim na sociedade? Vai entender.

E não é de hoje que a grande mídia impressa segue o mesmo caminho. E pior. Além de virar papel de enrolar peixe, os grandes veículos contratam jornalistas da pior estirpe que levam matérias estúpidas aos seus leitores e comumente, recheadas de erros ortográficos, de concordância e outros. Eu posso me dar ao luxo de errar no português em meu blog. Não estudei para ser jornalista, para ser professor e tampouco para ser qualquer coisa ligada a escrita. Aqui posso escrever da forma que quiser mas assim mesmo procuro manter o mais correto possível para não ser elevado ao mesmo nível destes pasquins.

Sou radical? Que nada. Olhe esta manchete da Folha de São Paulo de hoje:

Erro jornalístico

Como é que é? Sumiram com um município inteiro? Caiu uma bomba?

Não, simplesmente o jornalista colocou no mesmo título o problema das enchentes em Minas Gerais com a morte de uma pessoa em Belo Horizonte. Interessante não é?

Por estas e outras também deixei de ler jornal, seja impresso, seja na Internet. Leio esporadicamente alguma coisa relacionada a economia mas é comum ficar sabendo das coisas que acontecem no Brasil com a leitura da BBC News e da CNN. Ridículo não é? Ler um jornal estrangeiro para ter informações nacionais. Mas isso tem uma vantagem. Eles filtram e só mostram aquilo que realmente é notícia, afinal precisam mostrar notícias (desgraçadas ou não) de todo o mundo. Sou radical? Que nada, somente estou mantendo minhas faculdades mentais em dia.

Memória Roda Viva

Roda Viva

Nosso povo é conhecido por ter memória curta e nestes momentos nada melhor que iniciativas como esta. A Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo junto com a Unicamp e Fundação Padre Anchieta estão disponibilizando na Internet todas as entrevistas já realizadas pelo programa Roda Viva da TV Cultura. Certamente uma fonte inesgotável de informação, inclusive para comparação daqueles que antes falavam “A” e hoje falam “B”.

Em mensagem que recebi de um dos diretores, ele diz:

O projeto prevê, além de finalizar a inclusão de todas as entrevistas feitas nesses 21 anos, a atualização constante do site com as novas entrevistas, e tem como objetivo disponibilizar o conteúdo – textos integrais acrescidos de verbetes, referências, fotos e pequeno vídeo – possibilitando acesso livre para pesquisadores,estudantes e interessados em geral, num sistema de fácil navegação. Objetiva-se, também, criar um registro importante da história recente, assegurando sua preservação definitiva.

As entrevistas podem ser vistas/baixadas clicando-se aqui. Aproveite!

Criando uma múmia

GirlsItamarandiba, cidade de Minas lá no norte do estado protagonizou um caso interessante de indenização na justiça. A mulher alega que aos 17 anos começou um relacionamento com um cara e deste engravidou. Tempos depois perdeu em um aborto espontâneo a criança, sendo este o motivo da desistência do relacionamento do parceiro.

Não satisfeita a moça resolveu entrar na justiça alegando “danos morais” pelo rompimento do relacionamento, pedindo a bagatela de R$ 60 mil na ação. Sensata, a desembargadora do caso recusou o pedido em primeira instância (cabe recurso) alegando que não existe comprovação de danos morais, inclusive porque ninguém é obrigado a manter uma relação conjugal com ninguém.

O interessante da matéria não é o fato em sí, mas é observar que a justiça brasileira, já atolada até a tampa de processos, está se convertendo em um balcão de emprego onde qualquer coisa entre um pum fedido e uma unha encravada vai parar nos tribunais. Claro, todos tem direito à justiça quando se sentem em seu direito de reparação de qualquer coisa mas convenhamos, temos que replicar aqui o modelo jurídico americano onde uma pedra solta na calçada rende indenizações de milhões de dólares? Comércio de sentenças?

Pior mesmo será para a moça que depois desta vai morrer múmia com teia de aranha pelo corpo. Quem vai ser o louco de chegar perto? Na próxima é assédio sexual seguido de distúrbios psicológicos com agravante de epilepsia. Eu hein!