Mês: fevereiro 2006

Semana excitante

Esta semana foi cheia de altos e baixos, mas dos baixos não vou falar porque dizem dar azar. Então, só dos altos :-P

Fechei contratos com dois clientes novos e terminei mais um site. É impressionante como o Mambo Server é capaz de prover facilidade e agilidade para fazer as coisas. E além disso, o mercado dele que cresce galopantemente.

Com essa “brincadeira” toda, uma empresa indiana (sim, da Índia) me procurou para criar três sites sendo dois de universidades e um de um colégio. Se não bastasse isso, a Royal Domains, uma empresa americana de criação para web fechou o desenvolvimento de ferramentas para dois sistemas inicialmente, com previsão de mais 6.

Muito bom para quem achou que ia sair da Cobra Tecnologia e ficar flanando e para responder àqueles que não acreditavam que eu seria capaz de “andar com as próprias pernas”. Mas o melhor mesmo é receber um mail como esse:

Hey Paulino thank you for your service. You are the most efficient person I have dealt with. I need more work done than just this so let’s do this first and then we will talk about the rest if you are interested. Go ahead and start work and if you need money up front let me know. Thank you, sir. Rick

Rick Irving
Royal Domains
www.royaldomains.org

O único problema disso tudo é o sono. O cliente da Índia possui 9 horas a mais de diferença daqui (meio dia lá, 3 horas da manhã aqui) e o americano, 2 a menos (meio dia lá, 2 da tarde aqui). Junto com isso ainda tem o povo da Ásia que possui uma diferença absurda. Assim, tenho que mudar meu fuso horário de sono e ando almoçando as 5 da tarde.

Mas vale a pena. A Austrália me espera ano que vem!

Bom carnaval para quem pula.

Nosso mundo bizarro

O que é isso? Sabe me dizer?

River

Vou lhe dar uma dica. Não é uma veia do corpo humano e tampouco um desenho sem pé nem cabeça. Na realidade isso existe mesmo e em nosso país.

Já matou a charada? Não? Tá bom vai. Essa é uma foto do encontro do rio Negro (acima) com o rio Solimões (abaixo) em Manaus/AM tirada por um satélite.

Mas isso não é o legal da história. O legal é este filme aqui produzido por uma agência de publicidade e que mostra dezenas de imagens de nosso planeta tiradas por satélites, pela Estação Espacial Internacional e pela Space Shuttle. Depois, trabalhadas com um programa de imagens e montadas como um filme. Dezenas de imagens de acidentes geográficos e coisas de nossa terra que são as maiores obras de arte existentes.

Lá também é possível ver outro filme que é o Deep Space. Da mesma forma, fotos de estrelas há milhões de anos-luz de nós até chegar “aqui na esquina”. Outra obra-prima.

Acesse o site e se apaixone.

Valeu a pena

Peter WhiteMais de quinze dias para baixar um CD. Que paúra meu Deus. Mas valeu a pena, e muito!Na minha busca pelo jazz moderno de alta qualidade e no nível de Acoustic Alchemy e Chris Botti, achei outra pérola maravilhosa chamada Peter White. Diferentemente dos dois, o negócio de Peter é o violão (chamado não sei porque em inglês de guitarra) que lembra muito Stanley Clarke e também a bossa-nova de Tom Jobim e Toquinho. Este inglês já possui mais de 30 anos de janela tocando junto com os maiores nomes do jazz moderno (ou smooth jazz), fazendo shows por todo o mundo e participando os maiores festivais de jazz. De uma música gostosa de se ouvir no fim de semana quando queremos paz ou ainda na beira da praia, White encanta com as melodias bem arranjadas e de uma musicalidade incrível.

Seu último trabalho (o que tenho) chama-se Confidential. Lançado em 2004 pela Columbia, traz 11 composições que são bálsamo para os ouvidos. E mais; como solistas em algumas das músicas estão Chris Botti, Paul Brown e Michael Paulo, além de Christopher Cross cantando em uma das faixas. Vale ter o CD e certamente assistir um show (ainda não esteve no Brasil).

Enfim, mais um para a coleção dos “melhores do jazz”.

O site do artista pode ser conferido aqui bem como várias de suas músicas que lá estão disponíveis para download.

Bom domingo!

Minhas fotos na Espanha

E não é que meu site foi parar num livro lá na Espanha? Estava a procura de algumas infos sobre criação coletiva e eis que aparece o livro Creación y Inteligencia Colectiva com imagens e endereço do meu álbum de fotos. Tá ficando legal isso…

Aos interessados: o livro pode ser obtido gratuitamente por download clicando-se aqui

O que é exclusão social?

“Não sei não, acho que é uma matéria que só é dada em escola particular…(Cambito)”

A procura de algumas informações referentes a design e criação, acabei caindo em um site que possui diversas animações gráficas. Uma delas é de Cambito, personagem fictício mas que ao mesmo tempo existe realmente em todas as grandes cidades de nosso país e que passa pelos mesmos problemas que milhares de pessoas em todo o mundo.

E hoje, por mera coincidência (ou pelo coração que sempre me leva para este lado) estive numa comunidade rural de João Pessoa para conhecer uma estação digital: programa do governo federal que leva à milhares de brasileiros o início de uma etapa; a mudança da condição de não ser ninguém para começar a se tornar cidadão novamente (ou pela primeira vez, não sei bem). E lá, duas senhoras aposentadas e ex-assistentes sociais levantaram com seus próprios braços espaço para sala de aula, oficinas de bordado, salas de música, capoeira e dança. Correndo atrás de ajuda de quem quer que fosse, conseguiram revitalizar o entorno daquela comunidade e trazê-la para dentro do projeto, dando à eles não somente um espaço de cultura e lazer, mas principalmente a base para que possam retomar a vida muitas vezes perdidas como “cambitos”.

Quando conto passagens assim, alguns pensam que foi por “obra de caridade” ou coisa semelheante que aquilo que lá está aconteceu. Não, não foi. Em uma frase muito interessante, uma das senhoras resume bem a história: “ao invés de nos tornamos parceiras da farmácia devido a aposentadoria, nos tornamos parceiros da comunidade e dos sonhos dela”. Ou seja, deixaram o sonho de ficarem banguelas sentadas diante de uma TV e de sua programação próxima a nada para colocar a mão na massa (literalmente) e devolver a sociedade um pouco daquilo que obtiveram dela: conhecimento.

Coisas como estas mostram o verdadeiro espírito empreendedor, não só destas duas pessoas mas de alguns poucos milhares de brasileiros idênticos. Saem de seus lares para se dedicar ao coletivo. Saem de sua condição “malomeno” para estender a mão à quem realmente precisa.

Fazer empreendedorismo com dinheiro é muito fácil. Fazer empreendedorismo com MBA de Havard e juros de bancos a fundo perdido até um imbecil faz (que a maioria o é mesmo). Agora fazer empreendedorismo no meio do nada, onde telefone chegou há uma semana (e isso porque estamos no século 21) e o asfalto mais próximo fica há 10 Km de distância, isso eu quero ver. Andar na Av. Paulista de pastinha debaixo do braço, vestidinho e salto alto ou terninho e gravata é mamata. Quero ver pegar no pesado no meio do nada.

Mas não adianta ficar aqui descendo o sarrafo nos yuppies. Cansei disso. Digo à todos que não tenho medo de nada, somente da burrice que se instala na cabeça de alguns e faz com que estes tenham a visão tão ampla quanto um asno com seus arreios.

O vídeo do Cambito pode ser baixado aqui. Por favor, assista até o fim e tente pensar no mesmo e também no comentário final. Quem sabe você, no conforto de seu lar com este seu notebook de última geração e acesso rápido à Internet, pára um pouco e pensa sobre o que queremos para nós mesmos. Seria isso?

Obs: fiz a asneira de não levar a máquina fotográfica. Mas como vou voltar lá para colocar a rede de computadores deles em pleno funcionamento e ministrar algumas aulas, tirarei as fotos para que compreenda o que é “empreendedorismo”.

O que é globalização

É um italiano que trabalha na Alemanha chamar em inglês um brasileiro (eu) às 8 horas da manhã de João Pessoa (09:00 em Brasília) para resolver um pepino de um site russo.

Isso sim é mundo globalizado

Será que estico?

Amigo meu, Rico (é o nome dele e não a condição) é indonésio. Figura já na casa dos 45 anos, boa praça de um inglês risível quando falado mas de uma sagacidade e refino para coisas bonitas que assusta.

Ele possui uma pequena empresa de web na Indonésia e compartilhamos juntos muitas das tarefas da Mambo Foundation onde ele é um dos diretores. Comentando sobre minha próxima grande viagem que tem como destino a Austrália, ele me fez um convite para passar uns dias com ele e sua família em Bali. Obviamente que agradeci o convite mas disse que estava no Brasil dos reais e centavos e não no mundo do euro ou dólar, ou seja, é caro pacas um vôo da Austrália até Bali.

Como bom anfitrião, disse que eu estava arrumando desculpas para não ir e quis instigar-me um pouco com alguns sites desenvolvidos pela sua empresa com fotos dos “singelos” locais disponíveis pelos seus clientes para se passar uma temporada… bem, sem palavras não é?

É acho que vou acabar dando uma esticadinha na viagem.

O trabalho de Rico e estes lugares maravilhosos podem ser vistos em seu site clicando aqui.

Outra “fashion”

Depois do espancamento verborrágico em meu cérebro, uma participante do mundo fashion me solta uma “de lascar”:

Ele vem, no inferno, com uma destruição charmosa…” (???)

Neste momento, páro e penso no que seria uma destruição charmosa. Meio duvidoso do meu conhecimento do verbete, recorro ao pai dos burros e chego no verbo destruir, que é:

Demolir, arruinar, aniquilar, fazer desaparecer, dar cabo de, extinguir e outros termos que nada possuem de “charmoso”.

Então, vamos aos exercí­cios:

Ele vem, no inverno, com uma demolição charmosa…” (mais ou menos)
Ele vem, no inverno, com uma aniquilação charmosa…” (hmmm, diferente não?)
Ele vem, no inverno, dando cabo charmosamente…” (essa ficou jóia!)

Resultado: fico na dúvida se eu sou muito chato ou o povo “fashion” é muito burro mesmo.

A Lua em minha casa

A Lua ontem em minha sacada veio fazer uma visita…

Filho de peixe…

peixinho é? Às vezes sim, às vezes não. Mas que o caminho está aberto está.

Duas amostras de trabalhos gráficos de meu filho mais velho. Com 13 anos já brinca bem com o computador :-)