No início do século XX aconteceu o maior debate filosófico da ciência até hoje. De um lado, Albert Einstein, um gênio incontestável e de outro, Niels Borh, um desafiante há altura do gênio. O tema: nós.

Borh acreditava que ao contrário das teorias já fundamentadas, o universo não seria totalmente previsível (como acreditava Einstein), existindo um nível calculável de probabilidade que fenômenos pudessem ser alterados de acordo com fatores externos. Revolucionária, contestatória mas… correta. Dela nasce a mecânica quântica que rege quase tudo em nossas vidas.

Para alguns esta teoria é mais que correta; é lei. Para outros, existem falhas na mesma. Certo ou não, mudamos nossas vidas de acordo com o que desejamos, com o que fazemos com ela. Ou seja, podemos traçar o que queremos e o que teremos futuramente por meio daquilo que fazemos hoje, seja um curso, a leitura de um livro, a audição de uma música, a ingestão de alimentos, uma viagem ou até mesmo, um beijo ou uma piscadela de olho. Probabilidades existem e podem ser calculadas para tudo (ou quase tudo), acredite.

Claro que não é necessário usarmos cálculos matemáticos para descobrir a probabilidade de determinados acontecimentos ou fenômenos em nossas vidas. Se você pratica o mal, a probabilidade que este retorne à você de diversas maneiras é extremamente alta, ao contrário daquela em que você mergulha em uma praia, se dissolve e aparece do outro lado do planeta. Probabilidade não é possibilidade, mas sim o quanto é possível determinado acontecimento ocorrer.

Então, pense à respeito disso. Se você está se dedicando à cultivar amizades agora, a probabilidade de ter alguém para secar suas lágrimas no futuro é muito grande. Se você hoje poupa, a probabilidade de ter uma velhice tranquila é muito alta. Se você estuda, a probabilidade de ganhar dinheiro e viver dignamente também é grande. Leigamente isto poderia ser uma regra como aquelas que pregam “plante hoje para colher amanhã”. Não o é devido a probabilidade pois nem sempre se plantar hoje irá colher amanhã, mas a taxa de acerto é extremamente alta.

Neste seu aniversário, gostaria que pensasse sobre estes assuntos meu filho. Ao contrário do que disse o gênio, Deus joga dados sim, mas com uma grande diferença quando se trata de nossas vidas: temos a possibilidade de ajudar muito na obtenção do melhor resultado para nós mesmos e consequentemente, aumentar a probabilidade à nosso favor. Não perca seu tempo questionando se os dados existem. Eles existem e podem ser resumidos na sua vida. Então, pense no que está fazendo com eles e principalmente aprenda a jogá-los de tal forma que os resultados sejam os melhores possíveis.

Não se esqueça, uma atitude por menor que possa parecer, modifica todo um sistema, toda uma estrutura, todo um ser, toda uma vida. Cabe à você ter a atitude certa para que os resultados de seus atos e de suas modificações sejam sempre para melhor. Os dados estão em suas mãos.

De seu pai que muito te ama,
Paulino