Mês: abril 2007

The Journey ends

Monte Cook - Nova ZelândiaCom um atraso de cinco dias desde meu retorno ao Timor Leste, posto a notícia da volta da Terra Média. No total, três mil e setencentos quilômetros de asfalto, terra, pedras, neve e paisagens maravilhosas, mais de três mil fotos e sete horas de vídeo. Um conjunto gigantesco de imagens e sons deste que é, sem medo de errar, o país com as mais belas paisagens naturais que já vi em minha vida.

Aos poucos o resultado da viagem vai sendo aqui postado. Infelizmente por estar atarefado e com uma bendita infecção em um dente, me falta condições para separar todo o material. Mas sai em breve pois inclusive preciso abrir espaço para a próxima viagem em agosto, à Europa.

Voltemos a faina então!

PS: Se acha que já viu esta foto, assista o filme Senhor dos Anéis, as Duas Torres. É o Monte Cook, usado como “farol” de Minas Tirith.

The journey begins

The Lord of The Rings MapChegou o dia do começo da jornada. Daqui há pouco (09:00 horas) embarco para a Terra Média, ou melhor, Nova Zelândia, a fim de conhecer pelo menos doze locais diferentes nas duas grandes ilhas do país. Uma viagem de quase vinte dias onde certamente vai faltar cartão de memória para salvar todas as fotos tiradas (e por isso o MacBook vai junto).

Junto com meu escudeiro George (já estão chamado a dupla de Frodo e Sam), pretendemos conhecer a maior parte das locações usadas na trilogia do “Senhor dos Anéis”, uma obra fantástica de J.R.R. Tolkien que levou uma baciada de estatuetas do Oscar (17), sendo considerado o filme mais premiado da Academia até hoje (conta-se o conjunto todo da obra). O interessante é que não temos muita coisa planejada. Na verdade, como bons brasileiros que somos, somente possuímos as passagens aéreas. Nenhum hotel, nenhum carro, nada. Nem mesmo a certeza de todos os locais que vamos. E olha só, chegamos em Auckland, primeira parada na NZ as 4 da madrugada do domingo! Mas o que importa? O legal é isso mesmo, se der vontade de parar, paramos; se der vontade de dormir, dormimos e então vamos conhecendo este país mágico da melhor forma, sem pressa e aproveitando cada minuto.

Convido-o a acompanhar aqui os relatos da viagem, mais conhecidos como meus “diários de bordo”, já famosos pela quantidade de passagens interessantes, dicas e claro, muita coisa engraçada pois afinal, viajar com cara de bisteca mal passada não é para mim. Feliz ou infelizmente não existe uma regularidade específica para os posts, inclusive porque acredito que conexão no meio de Helms Deep será um pouco difícll e, além disso, quero descansar e não ficar digitando.

E o Smeagol se prepare, vamos aterrorizá-lo tanto que vai querer voltar as profundezas da Terra Média :-)

Dois maravilhosos monstros

Meu gosto por Ella Fitzgerald vem de longe. Acho que desde a primeira vez que li a obra de Mario Puzo, O Chefão. Nele, Jonny Fontane, um dos personagens da trama, é um cantor decadente com um problema nas cordas vocais que o impede de cantar como nos bons tempos. Frustrado, passava horas ouvido outros cantores e dentre eles, Ella Fitzgerald. Coincidência ou não, creio que tenha sido influenciado pelo livro pois em casa pouco se escutava o jazz americano; o velho ainda preferia os clássicos Chopin, Schumman, Listz e Tchaikovisk. Não importa. Hoje a paixão que tenho por Ella se compara somente a que rendo a Sinatra e Sammy Davis Jr. O restante fica léguas para trás. Sua voz vezes aveludada, vezes acetinada, vezes cheia de farpas, Ella é aquilo que se ouve na penumbra sorvendo um bom vinho para deixar a mente fluir embalada pela música.

Mas e quando este conjunto de qualidades se encontra com outro tão grande e tão forte quanto Antônio Carlos Jobim, o nosso maestro Tom? O que fazer? Certamente preparar a ambulância para o ataque do coração.

Pois descobri semana passada na web um presente para os ouvidos e o coração. Um songbook de Ella cantando músicas de e para Tom, mesmo nunca tendo trabalhado com o maestro brasileiro. No repertório de “Ella Abraça Jobim”, vários sucessos imortalizados por dezenas de artistas pelo mundo todo e outras músicas que são um verdadeiro presente não só para o brazuca, mas para todos que ouvem.

Ao contrário de alguns críticos, o álbum em minha opinião é sensacional. Tenho que confessar que o repertório deixa um pouco a desejar pois “esqueceram” de algumas músicas mais conhecidas e mais sonoras, mas isso não tira o brilho e a beleza da obra que deve obrigatoriamente estar na coleção de quem gosta de um ou de outro e, principalmente, de quem gosta dos dois.

A ficha técnica e comentários sobre o songbook podem ser lidos na Amazon clicando-se aqui e o álbum pode ser encontrado via torrent, clicando-se aqui. Mas atenção, compre o CD. Não pela pirataria em si, mas para ter guardada uma verdadeira obra que reverencia um dos maiores, senão o maior artista brasileiro.

Enjoy!