Semana passada estive em Foz do Iguaçu, Paraná para palestrar no Latinoware, Conferência Latinoamericana de Software Livre. Depois da tarefa cumprida (duas palestras), confabulações com amigos e papo em dia com os mais próximos, lá fui eu conhecer as Cataratas do Iguaçu juntamente com a Dani, Erlon e Jô num sábado quente de novembro.

Iríamos fazer o lado argentino das cataratas que dizem ser mais bonito que o brasileiro mas como los hermanos não aceitam nossas carteiras de habilitação como documento, não poderíamos entrar na terra dos pampas e assim resolvemos ficar no lado brasileiro. Mas antes, uma passadinha em Ciudad del Este, Paraguay.

Ciudad del Este
Continua a mesma merda que há 15 anos atrás quando lá estive pela primeira vez. Nojenta, suja, bagunçada. Nem Hanoi consegue ser tão zoneada. Erlon ia comprar um laptop e eu também tinha intenção de comprar um novo já que o meu foi roubado e ainda não pude trazer um MacBook Pro de fora (aqui não dá para pensar em comprar). Então, toca andar pelas galerias e ter que ficar aguentando cara de nojo dos vendedores. Resultado: não comprei um único parafuso (porque os preços não valiam a pena) e resolvi sentar em um banco para ficar esperando o término das compras.

Depois de finalizada esta etapa, voltamos para o Brasil e fomos direto para as cataratas, ou melhor, para o Parque Nacional do Iguaçu onde almoçamos diante daquela imensidão de água doce com uma comida mediana (e cara para o preço).

Parque nacional do Iguaçu

O parque está muito bonito. 0.3% dele foi privatizado e tornou-se realmente lugar para gringo ver. Tudo escrito em três idiomas (pt, en, es), tudo limpinho, tudo bem arrumado provando que o governo não faz porcaria nenhuma mesmo e tem-se que colocar o dedo da iniciativa privada em tudo para que funcione (será que se vendermos o Brasil, resolve?).

Depois do almoço, a visita ao prato principal.

Cataratas
Não tenho palavra para definir o que vi. Lindo, maravilhoso, estupendo, mágico, gigante. É tudo isso e muito mais. O rio estava com quatro vezes o volume normal de água e as cataratas estavam a plena força mandando ver na descida. Uma força tão grande que na passarela, 150 metros adiante, nos molhamos todos só por andar sobre ela e receber o “chuvisco” que vinha da queda.

Cataratas do IguaçuCataratas do Iguaçu

Ver as cataratas assim é estupendo. Não sei se é mais bonito quando o rio está cheio ou quando está mais vazio. De todas as formas, a sensação é de enorme insignificância diante de tanta força. Valeu cada centavo gasto.

Mas ainda tinha mais reservado. Faltava vê-las “por baixo” (e isto conto em outro post).