Mês: junho 2011

Alfândega

Brasileiro não sabe ler mesmo. E não estou falando inglês, espanhol, grego, sânscrito ou tetum. Estou falando do português, aquele que se vê, fala e escreve todos os dias em tudo que é lugar deste país. E uma das perguntas que sempre vejo nos fóruns de discussão e que também fazem a mim é sobre alfândega, ou seja, quanto vai ser pago por um bem trazido do exterior que não esteja dentro daquilo que é proibido de se trazer como bagagem acompanhada. Para encurtar a história, um simples exemplo.

Vou comprar um computador nos EUA por US$ 1.500,00. Quanto tenho que pagar de imposto na alfândega?

A regra é clara. Se você retornar para casa de avião, vai pagar US$ 500,00 de impostos e nada mais. Se vier de navio, trem, carro, jegue ou qualquer coisa por terra ou mar, serão U$ 600,00. Como é isso? Simples.

A legislação brasileira diz que, em viagens de avião, sua cota sem impostos é de quinhentos dólares e em viagens por terra ou mar, trezentos dólares. Do montante que passar deste valor, você irá pagar 50% sobre o que excedeu a cota. LEIA: SOBRE O QUE EXCEDEU!

Se o computador custa mil e quinhentos dólares, retira-se quinhentos da cota e sobram mil. Sobre estes mil dólares, irá pagar 50% de impostos, ou seja, quinhentos dólares. Somando com o valor do computador, o custo total do mesmo é de dois mil dólares.

Entendeu agora? Não pergunte de novo, ok?

Receita de vida, by Toquinho

Pegue um coração, cheio de alegria
E toda a magia de uma tarde em Itapoã.
Ponha compreensão, no seu dia-dia,
E o ruim de hoje deixe prá fazer amanhã.

Ganhe pra viver, viva com carinho
E de preferência sem ter contas prá pagar.
Olhe pra você, não pro seu vizinho,
Que o tempo que passa não vai nunca te esperar.

Tá bom mas é bom não esquecer
Que a vida não livra a de ninguém.
O nosso futuro ninguém vê,
E o presente é o que se tem.

Da morte ninguém pode falar
Pois nunca voltaram prá dizer
E só mesmo o que a gente plantar
É o que um dia vai colher

O amor e a paixão, entram nesse jogo,
A paixão é fogo muito fácil de apagar.
O verdadeiro amor, cresce diferente,
Cotidianamente a gente tem que cultivar.

A vida não é, sempre o que se espera
Pobre de quem não se considera um aprendiz.
Cada um é um, tudo vale nada,
Se até o fim da estrada não se chega a ser feliz.

Fogo amigo

fogo-amigoUm dos motivos que me levou (e me leva) a nunca mais passar em frente a uma seção eleitoral aqui no Brasil é esta: o presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores, conhecida como o braço sindical do partido da situação, o PT, num evento em Brasília lança a magistral idéia de que a privatização dos aeroportos brasileiros é um crime. Lendo isso o leitor se pergunta: “mas se a CUT é do PT e o PT está no governo, este cara está metendo bala na sua gente?” Sim, isso mesmo. É o chamado “fogo amigo” que vezes pega de raspão, vezes acerta na veia.

Existe um fundo de verdade nesta afirmação de crime pois a idéia do Planalto é pegar os “melhores” aeroportos (aqueles que dão mais lucro) e privatizar, enquanto os menores continuariam na lama. Em meu ponto de vista, certo seria aquele que deseja comer o filé, que coma a carne de pescoço junto. Quer Guarulhos? Ótimo. Leva junto os aeroportos de Bauru, Chapecó e Campo Grande. Quer Brasília? Leva São Luiz, Palmas, Goiânia e Rio Verde. Algo mais ou menos como relação com mulher separada e com filhos: tem que levar o pacote todo e não só uma parte.

No frigir dos ovos a questão é uma só: sindicato no Brasil serve para cabide de emprego de alguns, encheção de saco para a população e tormento para empresas e governo. Tão desbaratinados quanto cachorro em dia de mudança, se deixar pegam em armas para fazer “justiça social”. Enquanto isso, semana que vem saio para mais uma maratona por aeroportos brasileiros não privatizados, não funcionais, não decentes mas… sindicalizados. Afinal, a luta continua.

Cinto de segurança

Dias atrás estava vendo uma propaganda na TV de um carro. Não me lembro qual mas ficou em minha mente uma frase totalmente estúpida que passou no mesmo: “cinto de segurança pode salvar vidas”. Mas pera aí? Como assim “pode” salvar? É provado por tudo que é teste da indústria automobilística que ele salva vidas e a empresa me vem com “pode salvar”?

Procurando pelo comercial para descer o sarrafo na empresa, acabo encontrando um dos melhores, senão o melhor vídeo que já vi para uma campanha de trânsito. Sem uma única palavra, ele diz tudo o que é preciso dizer.

Este vídeo é parte da campanha Embrace Life (abrace a vida) da administração de rodovias do condado de Sussex, na Inglaterra lançada no começo de 2010 e já foi visto por mais de 13 milhões de pessoas em todo o mundo. Um verdadeiro achado.

Agora, quando for dirigir, lembre-se dele.

Nega maluca

Em tempos de leis responsáveis:

Uma senhora entra na confeitaria e pede ao balconista um bolo “nega maluca”.

O balconista diz à freguesa que usar o nome “nega maluca”, hoje em dia, pode dar cadeia, por causa da Lei Affonso Arinos; da Lei Eusébio de Queiroz; do Artigo Quinto da Constituição; do Código Penal; do Código Civil; do Código do Consumidor; do Código Comercial; do Código de Ética; do Moral e Bons Costumes, além da Lei ‘Maria da Penha’

– Então, meu filho, como peço a porcaria desse bolo?

– Bolo Afro-descendente feminino com distúrbio neuro psiquiátrico.

De um amigo doutro lado do mundo

Preços iguais com diferentes benefícios

Acredito que todos aqueles que procuram passagens aéreas para suas viagens usam como primeiro critério eliminatório o valor do bilhete. Como nós meros mortais não podemos gastar mais de 7 mil Reais num único trecho de business class e tampouco temos secretárias ou agências para fazer a pesquisa, acabamos usando este critério em primeira instância e depois, alguns outros para escolher o melhor bilhete. Mas algumas vezes surge uma dúvida: e se existem 4, 5, 6 opções com o mesmo valor (ou muito próximos), qual é a opção que traz mais benefícios? Leia Mais