Mês: janeiro 2006

A raíz dos problemas

Sem comentários…

Que domingo!

Domingão foi dia de despachar meu pequeno de volta para Campinas. Depois de 20 dias na casa do pai, estava na hora de voltar à vida de escola e amigos. Então toca ir à Recife (ou ao Recife, como teimam os locais em chamar a cidade) para embarcá-lo no vôo que saía do aeroporto internacional.

Obviamente que algo tinha que dar errado. Chegando no balcão da Gol, atende uma mocinha que pede os documentos da criança e, obviamente, a autorização para que ele pudesse viajar só. Eis que a dita cuja lê a autorização e diz que não era válida. “Mas por quê não é válida se está dentro do prazo e constam todos os dados?”, questionei eu. “Ele não pode embarcar pois não existe o nome da cidade para onde ele vai”.

Para encurtar a história: quando estive em Campinas mês passado, fui ao juizado de menores para tirar a autorização pois sabia que sem ela não embarcaria. A atendente preencheu como normalmente faz e escreve: “ida e volta” Ora, se na autorização consta o endereço de residência (Campinas), foi para João Pessoa e está voltando para casa (com passagem comprada ao destino), para onde está indo? Grécia?

Não teve acerto. A supervisora (outra porta) aparece dizendo que não poderia embarcar pelo mesmo motivo. Não acreditando no que estava acontecendo e vendo a hora passar, perguntei onde ficava o Juizado de Menores do aeroporto (todo aeroporto grande tem um): “não funciona hoje!!!” me fala a estúpida. Muito bem, e onde fica a Polícia Federal? “eles não podem autorizar o embarque!!!” (novamente a estúpida). Neste momento quase perco as estribeiras e enfio-a na esteira de bagagem estiquetada para entrega no Sudão.

Procurei a Polícia Federal e expliquei o caso ao agente de plantão que disse: “sim, o senhor está correto. Vou tentar resolver”. Certamente aproveitou-se do poder de seu broche de lapela para dar aquela escrachada que eu queria dar na “supervisora” da Gol e, 10 minutos depois, volta com uma autorização “complementar”. Com isso, retorno ao guichê para que embarcassem o meu pequeno.

Que paúra viu!

Mas valeu a pena a ida à Recife (é feminino: a cidade de Recife). Um passeio pelo centro velho da cidade, um agradável almoço, um café que há muito não tomava no nordeste (paulista, of course) e, na volta pela BR-101, mais um presente dos céus para minhas fotos sem compromisso.

Desculpem os grandes pintores, mas matizes assim, só a natureza.

Sempre eles

Estou para ver povo que dá mais alegria ao brasileiro que o argentino. Sempre é bom ganhar deles, sempre é bom badernar a vida deles, sempre é bom tudo com argentino (até o vinho). E agora nós brasileiros temos mais uma opção para passar por cima e, desta vez, dentro da casa deles.

O jornal La Nacion, um dos maiores do paí­s vizinho colocou uma enquete no ar perguntado: “Qual a seleção que vai ganhar o mundial de 2006?” Estava tudo indo bem até que um brasileiro descobriu a mesma e….

 

O fino do jazz moderno

Minhas excursões pelo mundo musical do jazz moderno tem me dado bons frutos. Depois de Chris Botti, encontrei um novo grupo de jazz moderno que está há dias tocando em meu MP3 player. Chama-se Acoustic Alchemy, uma banda anglo-americana com mais de 20 anos de estrada e um som fino, bonito, capaz de agradar desde o mais punk até o mais eclético ouvinte.

Em seu último álbum, American English (março/2005) o grupo repassa 20 anos de carreira já reconhecida pela qualidade musical e composições maravilhosas. Cada faixa cheia de sax, guitarras, trompetes e outros instrumentos que fazem a alma do grupo e do jazz em geral.

Vale a pena conhecer.

Muito boa!

Amigão meu, Julio Neves é aquele típico carioca: sarrista, desencanado e que adora uma piada. De seu dicionário de sacanagens, manda esta:

“eu não crio juízo porque não sei que ração ele come”

Sensacional!

Brown e Lewis

Já tinha aqui comentado que adquiri o livro Ponto de Impacto do Dan Brown (o mesmo do Código da Vinci que vai ser lançado em filme no próximo mês de Maio) para uma leitura “sem compromisso”. Confesso que estou me tornando fã do autor que, de uma forma simples e ao mesmo tempo profunda, faz de temas atuais livros que prendem o leitor sem permitir que este vá ao banheiro.O enredo desta obra são as safadezas e falcatruas possíveis de serem feitas para eleger quem quer que seja. Tanto cá como lá, sempre existiram artifícios dos mais impensados para enfiar no poder não o melhor, mas aquele mais interessante para os interesses de poucos. Com isso em mente, o autor juntou algumas agências governamentais norte-americanas em um daqueles que seria, caso acontecesse de fato, o maior engodo possível de ser imaginado: um meteoro com fósseis que comprovaria a existência de vida fora da Terra (o que particularmente não duvido nem um pouco).

Passei 3 dias grudado na obra e me deliciei. Para quem gosta de intrigas, quebra-cabeças e emaranhados de histórias, vale a dica do livro.

Nárnia – depois de 20 anos
Quando do início da adolescência, como a maior parte dos garotos, era uma verdadeira pilha duracell ambulante: escola, bola, piscina, briga, esconde-esconde, subir em árvore, bicicleta e por ai vai. Mas tinha um diferencial de meus colegas: eu simplesmente amava a biblioteca da escola e lá passava incontáveis horas durante todo o ano.

A bibliotecária, Sra. Elizabeth (a amável Beth), sempre bonita e muito bem vestida, era uma pessoa que, de uma forma ou de outra, conseguia domesticar as feras do colégio. Eu, Newton Arraes, Marcelo Naime e alguns outros (como guardamos os nomes dos tranqueiras né) conseguíamos, em questão de minutos, fazer um pátio sepulcral se tornar um verdadeiro mercado de peixe que nem mesmo a diretora conseguia conter; somente a bibliotecária. Íamos para a “casa da leitura” e lá ficávamos não a contragosto, mas com um prazer enorme absortos na leitura das mais diferentes histórias que iam desde a série Vagalume (quem não lembra?) até… As Crônicas de Nárnia.

Nesta época travei conhecimento desta série de livros do autor C.S. Lewis que simplesmente me faziam viajar. Uma terra inexistente mas contada com tal riqueza de detalhes que era impossível se desligar. Queria sempre ler mais uma página para saber o que aconteceu com o personagem, fosse esse humano ou não.

Deixando a nostalgia de lado (que ainda vou contar aqui de minha sessão “best days” feita há pouco tempo), quando do primeiro trailer de filme As Crônicas de Nárnia no cinema, não acreditei (da mesma forma que Tolkien com o Senhor dos Anéis, o qual já tinha lido). Me senti voltando no tempo para o colégio em Campinas onde lia, muitas vezes embaixo das árvores do grande jardim, aquelas histórias.

De tanto falar, meu pequeno se interessou também e fomos nós para o cinema no dia da estréia nacional. Como previsto, é deslumbrante o que hollywood pode fazer. Lindo, simplesmente lindo. Os personagens, a fotografia, o cenário, a música (que você pode baixar o CD), tudo feito com um esmero que pouco vi em adaptações. Valeu cada minuto do filme e cada centavo gasto na entrada e na pipoca.

Mas qual não foi minha surpresa que, no natal, meu menino me vem com o livro de edição única de todas as crônicas? Nas próprias palavras dele, parecia uma criança ganhando um presente muito desejado. E certamente o foi. Agora, aproveitando a estada dele em férias na minha casa, aproveito para reler a obra que tanto me cativou há 20 anos atrás.

Para esta obra não preciso esperar a fim de comentá-la. É deslumbrante. Um conjunto de crônicas que fazem qualquer um (que possua bom gosto, é claro), viajar por mundos encantados e voltar a ser criança, sonhando com fadas, bruxas, animais falantes e as mais impressionantes aventuras que são possível imaginar.

Àqueles que não são dados a coisas do coração, que leiam Paulo Coelho. Dizem que vale a pena tanto quanto jornal de embrulhar peixe na feira.

Blockbuster, nunca mais!

Veja como é simples perder a confiança nas coisas.

BlockbusterNo dia 30 de novembro, querendo antecipar algumas das compras natalinas, entrei no site da Blockbuster para procurar alguns DVDs a fim de presentear algumas pessoas. Encontrei o que desejava e resolvi fazer a compra pois o site prometia entrega em um dia útil após a confirmação do pedido. Escolhi os discos, selecionei a opção de pagamento via boleto e finalizei a compra. Cinco minutos depois já tinha pago o boleto pelo netbanking e me dei por satisfeito. Tudo certinho agora era só esperar os discos.
Sim, esperar, esperar, esperar e esperar até hoje pois ainda não apareceram.

Preocupado se tinha digitado algum número do boleto errado, verifiquei na conta corrente alguma devolução de valores. Nada, tudo certinho. Então a empresa recebeu meu dinheiro mas… onde estão os DVDs?

E os dias vão passando. Já com o receio que tivessem sido extraviados, recorri a minha família em Campinas/SP para que procurassem saber nos Correios onde estava minha encomenda (coloquei o endereço de minha caixa postal para recebimento). Um de meus irmãos deixa o trabalho, vai até os Correios e nada da encomenda. Então, onde está???

Resolvi escrever para a empresa a fim de saber o que acontecia. Mandei um e-mail no dia 17 de dezembro querendo saber do paradeiro dos mesmos com o seguinte conteúdo:

Senhores,

Fiz uma compra com esta loja há mais de 20 dias esperando poder ter os produtos para
presentear no natal e até o presente momento não os recebi.

O número do pedido em questão é: 3265

Poderiam por favor entrar em contato URGENTE sobre o mesmo. Meu fone é (83) 9992-7192

Grato

Até o dia 21 de dezembro, nenhuma resposta, nenhum sinal. Então, no dia 22 de dezembro, ou seja, 23 dias APÓS o pedido e 18 dias APÓS a efetivação do pagamento, recebo uma ligação de um incapacitado atendente da empresa de nome Rafael o qual me informa que o pedido foi enviado mas os Correios não aceitaram o mesmo. Por obra do acaso ou coisa que o valha, minha ex-mulher é diretora regional dos Correios e trabalha na empresa há 25 anos. Com ela aprendi a maior parte do funcionamento do sistema postal brasileiro, inclusive que os Correios somente não aceitam algo nos seguintes casos:

  1. Sem postagem (se não pagar não entregam)
  2. Armas
  3. Drogas
  4. Dinheiro em espécie

Como meu pedido não se encaixava em nenhuma das opções acima, comecei a perceber o que aconteceu: a empresa em questão, para economizar míseros trocados na postagem via Correios, usa o serviço denominado “courier” para entregas, ou seja, empresinhas que, por um trabalho escravo, fazem o trabalho dos correios levando para baixo e para cima os produtos adquiridos. Como meu endereço é de uma caixa postal, somente poderiam entregar mediante postagem em uma agência de Correios e não entregar no balcão da agência onde, graciosamente a atendente iria colocar o mesmo em minha caixa postal. Acho este serviço uma falcatrua das mais grandes possíveis, mas não vem ao caso neste momento.

Mostrando para o incapacitado que o erro era deles e não meu, perguntei como iria resolver o problema pois estávamos há 2 dias do Natal e gostaria de entregar os presentes para as pessoas. Ele pediu desculpas pelo ocorrido e anotou outro endereço (o de minha residência) prometendo que seriam entregues o mais breve possível. Acho que para esta empresa “breve” é algo em torno de 15 dias ou próximo disso pois, estamos no dia 2 de janeiro e nada.

Hoje, cansado da história, resolvi gastar o dinheiro de uma ligação interurbana para resolver a pendência. Liguei para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa e fui atendido pela Srta. Gabriela, a qual relatou o que eu já imaginava: a empresa não manda os pedidos para endereços dos Correios, somente endereços físicos.

Não vejo problema nisso. Vejo problema em não avisar o consumidor sobre este detalhe, não entrarem em contato com o consumidor e pior ainda, não mexerem um único músculo para tentar sanar o problema que é deles e não do consumidor.

Informei novamente meu endereço de residência para a atendente pois ela não o tinha no sistema (entendeu porque o tal Rafael é incompetente?) e esta me prometeu o mais breve possível estar enviando o pedido (outros 15 dias, será???).

Mas não estou satisfeito. Fui mal atendido (ou não fui atendido, ainda não sei) e ainda não recebi o que comprei. Como chato (ou correto demais) que sou, estou regressando à João Pessoa nesta terça-feira onde estarei entrando com uma ação no tribunal de pequenas causas daquela cidade, além de acionar o PROCON a fim de ter ressarcidas as perdas e danos gerados por não ter entregue os presentes na data correta.

Com a empresa, nunca mais compro nada. Ao contrário da FNAC, Saraiva e outras empresas brasileiras, esta não atende os consumidores como deveria. Então, que vá ao limbo!

Fica aqui o registro de um consumidor mal atendido e principalmente, descontente com o serviço desta empresa para que você também não caia no mesmo conto do vigário que o meu e depois seja chacoteado porque não entregou o presente de natal ou aniversário de alguém.

2006

Então, estamos em 2006. Para alguns foi um alívio ter acabado o ano de 2005. Para outros, deixará lembranças profundas, tanto boas como más.Para mim foi um ano com altos e baixos onde os altos foram numerosos e os baixos profundos. Não importa. O que importa é ter encerrado mais um ano e começado outro com todo o gás e vontade de fazer muita coisa diferente. Não me sujeitar a algumas coisas chatas, mudar meu comportamento diante de alguns fatos e acontecimentos que normalmente me entristecem ou me deixam puto da vida, trilhar alguns caminhos novos (outros???) e principalmente, voltar a estudar (coisa que devia ter feito há tempos).

O 2006 promete muita coisa. Muitas viagens por conta do meu trabalho mas também por conta de querer cuidar um pouco mais de minha vida e não do estresse, muito trabalho para muita gente e escrever muito, muito mesmo. Estou em um momento de grande producão literal que não quero deixar passar no vazio. Já estou com um contrato em vias de assinatura para o primeiro livro pessoal de uma série e também com alguns convites para escrever para revistas e websites. Então, que inicie o ano já dedilhando por aqui só para esquentar as unhas :-)

Então, que venha o 2006 com tudo. Estou esperando!

E para você que aqui está, um ano cheio de trabalho, pois sem ele, sucesso não existe.

Cadê o presente de ano-novo?

Caramba! Que novela! O maior presente que o mundo pode ganhar (por enquanto) não chega nem por decreto.Morre logo Sharon!