Ano: 2006

Poços de Caldas

Depois de quinze anos, lá estive novamente. Continua tranquila e muito bonita. As fotos valeram para recordar (tá certo que a recordação não é das melhores mas…)

Veja aqui, Poços de Caldas, Minas Gerais

Where’d…

Por vezes encontro coisas que surpreendem pelo mundo. Umas delas é ver um rapper fazer uma música e um videoclipe tão triste e tão melancólico quanto Where’d You Go, criação de Mike Shinoda do Fort Minor/Linkin Park.

Cantando as tristezas de perder alguém, mostra porquê merece os 8 prêmios Grammy ganhos até agora com o Linkin. Pega na letra como deve ser algo que fala de mágoas e perdas: duro, muito duro.

O vídeo e a música estão aqui.

A letra…

Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever
that you’ve been gone

She said somedays I feel like shit
Somedays I wanna quit
and just be normal for a bit
I don’t understand why you have to always be gone
I get along but your trips always feel so long
And I find myself trying to stay by the phone
Because your voice always helps to not feel so alone
But I feel like an idiot, working my day around a call
And when I pick up I don’t have much to say,
so I want you to know it’s a little fucked up that
I’m stuck here waiting, at times debating
Telling you that I’ve had it with you and your career
Me and the rest of the family here singing

Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever
that you’ve been gone
Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever
that you’ve been gone
Please
Come back home

You know, the place where you used to live
Used to barbeque up burgers and ribs
Used to have a little party every halloween
with candy by the pile but now
you only stop by every once in a while
Shit
I find myself just filling my time
With anything to keep the thought of you from my mind
I’m doing fine
I plan to keep it that way
You can call me if you find that you have something to say
And I’ll tell you
I want you to know it’s a little fucked up that
I’m stuck here waiting, at times debating
Telling you that I’ve had it with you and your career
Me and the rest of the family here singing

Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever
that you’ve been gone
Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever
that you’ve been gone
Please
Come back home

I want you to know it’s a little fucked up that
I’m stuck here waiting, no longer debating
Tired of sitting and hating and making these excuses
For why you’re not around, and feeling so useless
It seems one thing has been true all along
You don’t really know what you’ve got till its gone
I guess I’ve had it with you and your career
When you come back I won’t be here and you can sing it

Where’d you go?
I miss you so
Seems like it’s been forever that you’ve been gone
Where’d you go?
I miss you so
Seems like its been forever that you’ve been gone
Please come back home

Is hard… very hard…

E o Lula perdeu meu voto

Assisti hoje o debate da Band com os presidenciáveis. Infelizmente nosso presidente não lá estava para dar sua voz. Mas não foi isso que escolhi outro candidato para este ano. Obviamente que isso pesa pois gostaria de saber o que acontece com nosso país mas ele há muito me deixou frustrado.

Sonhei durante a vida toda com um presidente decente para nosso país. Sou filho de preso político na época da ditadura, esquerdista desde quando nasceu e eu, obviamente, não poderia ser diferente. Sempre acreditei que este país dá certo e pode dar certo (tanto que tenho a cidadania italiana e não me mando daqui) mas convenhamos, Lula deixou MUITO a desejar.

Que pena!

Mas voltando ao debate…

Heloísa Helena mostrou mais uma vez que é peso pesado. Não ganha, claro. Infelizmente a classe dominante odeia gente boca dura e pior ainda se for mulher (coisa que nem no Chile ocorre mais). Nordestina então? Vish maria, nem pensar (ainda mais depois do Lula). Mas que a mulher é porreta é, pelo amor de Deus. “Ahhh se todas fossem iguais à você!”

Já “Geraldinho” (o Alkmin) reza pela cartilha do PSDB muito bem. Liso que um quiabo, não responde o que deve ser respondido. Em uma pergunta sobre segurança do jornalista Franklin Martins (que fez muito bem em sair da Globo), o bicho parecia uma tilápia no anzol, deu pulos de todos os tipos dizendo que a segurança no estado está melhor, está boa. Imagino eu se não estivesse.

Cristóvão Buarque. Gosto dele. É caudilho mesmo sendo pernambucano. Gente boa, decente. Mas poxa Cristóvão, tá certo que sabemos que a educação é pilar de tudo. Mas só ela? Ai não dá né meu nego. Tu parece Brizola (inclusive era assim com o guapo) que só falava nisso e no FMI.

Os dois “restantes” (Bivar e Emayel) são fracos. O Bivar ainda passa pela garganta por não ser porra-loca como o Gabeira. Mas o Emayel.. Deus, ninguém merece!

Resumindo a conversa. Lula, me perdoe. Voto em você desde quando me conheço por gente (inclusive contra meu “velho”), mas desta vez não vai dar não. Tu foi muito frouxo para um pernambucano meu nego. Merece voltar para o torno e perder outro dedo. Quem sabe assim tu cria vergonha na cara e aprende o que é duro mesmo.

Voto na mulherada este ano!

Vivo mas atolado

Ando sumido… eu sei. Ando atolado de serviço até o pescoço. Três livros para resenhar, dois projetos de ferramentas para desenvolver, website para alterar o layout e disposição de categorias e algumas dezenas de artigos para escrever.

Se não bastasse, ainda tenho uma bendita dor nas pernas devido a quantidade de horas na frente do micro e a chuva em jampa que teima em cair e não me deixa ir caminhar no mar.

Mas semana que vem estou de volta atendendo à tudo e à todos. Pelo menos os pedidos para o “padim ciço” são estes. Agora é ele ajudar também.

O que os filósofos recomendam a quem faz muita coisa

Quando digo às pessoas que simplesmente “deu a louca” e fui embora de São Paulo, acham que sou insano ou inconsequente. Longe disso. Procurava paz, tranquilidade e um lugar bom para se viver sem as neuras e loucuras da grande metrópole.

Tudo bem, sei que existem pessoas que amam esta loucura toda e não as julgo ou culpo por isso. Cada um tem um ritmo, um jeito, um desejo na vida e cada um sabe onde o calo aperta. Para alguns, a grana ou ainda a vida agitada é algo primordial. Para outros, tais como eu, o inverso é verdadeiro.

Mas algo interessante para a leitura é o texto a seguir que encontrei nas andanças pela rede. Faz pensar aqueles que muitas vezes me chamam de maluco ou acham que eu estou errado quanto as escolhas. Pense a respeito.

“Ocupe-se de pouco para ser feliz.” Foi essa a primeira frase de um livro de Demócrito, filósofo grego do século V a.C. O livro se chama Sobre o Prazer, e não chegou à posteridade senão por citações de outros pensadores. A palavra grega para tranqüilidade da alma é euthymia, e sobre ela se debruçaram intensamente os sábios. A recomendação básica de Demócrito, sob diferentes enunciados, é encontrada sempre. Sobrecarregar a agenda equivale a sobrecarregar o espírito, e traz inevitavelmente angústia. Ninguém que tenha muitas tarefas, ou que se atribua muitas, pode ser feliz.

Um homem sábio da Antiguidade não abria nenhuma correspondência depois das 4 horas da tarde. Era uma forma de não encontrar mais nenhum motivo de inquietação no resto do dia, que ele dedicava a recuperar a calma que perdera ao entregar-se ao seu trabalho. Se olharmos para nós, nos veremos com freqüência abrindo mensagens no computador alta noite, e não raro nos perturbando por seu conteúdo. O único resultado disso é uma noite maldormida.

O fato é que fazemos muitas coisas desnecessárias. Coloque num papel as atividades de um dia. Depois veja o que realmente era preciso fazer e o que não era. Já fiz isso. A lista das inutilidades suplantou sempre a das ações imperiosas. O imperador filósofo Marco Aurélio, do começo da Era Cristã, louvou a frase de Demócrito em suas clássicas Meditações. Acrescentou, com sagacidade, que devemos evitar não apenas os gestos inúteis, mas também os pensamentos desnecessários. Marco Aurélio recomendava o formidável exercício de conduzir a mente, quando desviada, para pensamentos relevantes. Isso conseguido, à base de perseverança, controlamos a mente, esse cavalo selvagem, em vez de sermos controlados por ela.

Ninguém escreveu com tanta graça sobre o tema como Sêneca, pensador romano também dos primórdios da Era Cristã. Sêneca usou as expressões ‘agitação estéril’ e ‘preguiça agitada’ ao tratar dos atos que nos trazem apenas desassossego. ‘É preciso livrar-se da agitação desregrada, à qual se entrega a maioria dos homens’, escreveu Sêneca. ‘Eles vagam ao acaso, mendigando ocupações. Suas saídas absurdas e inúteis lembram as idas e vindas das formigas ao longo das árvores, quando elas sobem até o alto do tronco e tornam a descer até embaixo, para nada. Quantas pessoas levam uma existência semelhante, que se chamaria com justiça de preguiça agitada?’

Agimos como formigas quase sempre, subindo e descendo sem razão o tronco das árvores, e pagamos um preço alto por isso: ansiedade, aflição, fadiga física e mental. Nossa agenda costuma estar repleta. É uma forma de fugir de nós mesmos, como escreveu sublimemente um poeta romano. O resultado é inquietação. Eliminar ao menos algumas das tantas tarefas inúteis que nos impomos a cada dia é vital para a euthymia da qual falavam os sábios gregos. Quem busca a paz fará bem em refletir na frase com a qual Demócrito iniciou um livro que, tamanha era sua força, sobreviveu aos séculos, ainda que com base apenas em citações.

Fonte: Revista Época

Alckmin escorrega e fica em cima do muro

Começou esta noite uma série de entrevistas com candidatos à presidência do país com o candidato tucano Geraldo Alkmin e, como sempre, escorrega para cá, escorrega para lá e nada responde principalmente aquelas principais questões como economia.

Questionado sobre dois pontos que “matam” nossa economia, impostos e juros oficiais, o mesmo sai pela tangente e nada responde as perguntas como “o que fazer com os juros que não cedem” e “como será a questão fiscal no país”. Dizer que os juros irão ceder baseado em uma política fiscal rígida, principalmente sobre empregados de empresas é, no mínimo um disparare de idéias. Trocando em miúdos, a intenção é principalmente ferrar a classe média que hoje é o segmento mais sangrado da sociedade (quando falamos em impostos, por favor).

Em outro lado, duvida-se que qualquer candidato (até o meu) queira abir mão de uma estrutura de cobrança de impostos eficientes como a existente em nosso país que, de uma forma ou de outra, consegue sempre levar sua parte para cobrir os rombos e os gastos mais absurdos possíveis. Implantar imposto único é sonho nestas terras há pelo menos 15 anos, tal qual países como Inglaterra e França, que possuem os sistema tributários mais justos e eficiente do mundo mas ainda fica longe da execução, seja por vontade política, seja por pulso para colocar o projeto adiante.

E em sã consciência acredita-se mesmo que alguém irá matar a vaca mais gorda do pedaço? Duvido muito.

Rumo à Poços

Chove barbaramente e faz um frio daqueles. Mas mesmo assim, cá estou a caminho de Poços de Caldas para palestrar no ENECOMP 2006, um dos maiores (senão o maior) evento dos estudantes de computação de todo o país.

Já participei do evento de 2004 e espero este ser tão bom ou melhor que aquela edição. Pelo menos dizem que o hotel tem uma piscina de água sulforosa, alguma coisa como estar tomando banho em uma tina de água tônica. Deve ser muito interessante.

Voltamos a qualquer momento no meio de nossa programação. Aguarde!

Mudanças

Queria mudar. Queria algo mais leve aos olhos, mais meditador, mais zen. Algo que fosse tal qual as melhores coisas da vida: simples e profundo. Algo claro e harmonioso.

Há algum tempo ando desejando isso para refletir passagens recentes da minha vida. Algo que pudesse contemplar e compreender que quando parece tudo perdido, na verdade nada está. Fases, passagens, caminhos. O conjunto destes formam a vida, o cotidiano, as lembranças.

Com isso tudo nasceu um novo design. Na verdade, o uso de um novo design que vai ao encontro do que andava procurando. Produzido por uma empresa canadense, sinto aquilo que tão bem expressado em francês: traquilité. Tranquilidade que busco, às vezes encontrando por pouco tempo, às vezes desejando fortemente por muito tempo.

Algumas coisas aqui também mudaram. Tirei partes, acrescentei outras, atitude que reflete também os anseios das mudanças ou… do encontro.

Enfim, que seja inspirador.

Primavera

Às vezes eu me afasto
E tudo que eu queria
Era ficar do teu lado
Não me deixe ir embora
Às vezes eu me calo
E tudo que eu queria
Era dizer no teu ouvido
Fique um pouco aqui, comigo

E talvez, dizer baixinho que eu te adoro
Transforme este lugar que eu moro no teu lar
Dizer que a vida não espera
Depois do inverno a primavera vai chegar

As luzes da cidade
Brincam nos meus olhos
E aumentam o vazio
Onde está você, agora?

Por isso e por tudo
Vem andar comigo
Atravessarmos juntos
Esta noite, esta vida, pra sempre

E talvez, pra sempre ainda vá ser pouco
Pra um ser que está já quase louco sem você
Mas como você vai saber, se não está aqui pra ver
Você não está, nunca está

Pra sempre ainda vai ser pouco
Pra um ser que está já quase louco sem você
Mas como você vai saber, se não está aqui pra ver
Você não está, simplesmente não está, você nunca está

O verdinho sai da mala

passsaporteOba, mais uma para fora. Pena que desta vez eu já tenho o carimbo no passaporte. Deste jeito não chego aos 50 países nunca! Mas tudo bem, o que importa é rever os amigos e fazer um bom trabalho.Dia 24 saio em viagem novamente para a Colômbia. Tudo acertado para uma semana nas terras das orquídeas e rosas, além do óbvio café xoxo deles (deixa meus amigos colombianos saberem que falo isso).

Desta vez participo de um evento no SENA – Servicio Nacional de Aprendizaje (tal qual o SENAI do Brasil) da cidade de Medellin, além de visitar o Parque Tecnológico de Antioquia, onde meu amigo Elkin Botero trabalha e também a Dra. Luz, diretora do parque e pessoa de mais algo gabarito intelectual (parece-me mesmo que a idade nos faz ver as coisas com um diferencial muito grande).

Na volta, ainda passo por Poços de Caldas/MG em outro evento, retornando no começo do mês em casa. Na bagagem, a câmera com cartão limpo e infelizmente o sobretudo. Dizem que em minas está aquele frio.