Mês: fevereiro 2008

Tenha um infarto você também

CoraçãoEu já resolvi. Semana que vem meu irmão mais novo precisa ir ao cardiologista para fazer suas revisões periódicas do coração devido a um defeito de fabricação e vou com ele. Não que eu tenha problemas, longe disso, mas quero do médico uma receita igual as aviadas pelo serviço de saúde britânico.

Não está entendendo nada? Tudo bem, explico. O SUS da Inglaterra (aquele continente ao lado da Europa como eles insistem em chamar) anda fazendo a alegria de muita gente. Contra doenças do coração, faça sexercise. Não entendeu de novo? Ó santa ignorância. É para fazer sexo meu filho!!!!!

Claro que fiquei ressabiado quando li pois os ingleses são conhecidos por não exporem a intimidade muito facilmente (exceto quando cai nas mãos do The Sun, aí lascou-se), mas lendo a reportagem publicada hoje pela Folha tive que dar créditos a matéria; foram contatados especialistas da USP e Unicamp, as melhores universidades da América Latina para falar sobre o assunto e todos foram unânimes: eles estão certosl exercícios sexuais reduzem os problemas do coração.

O melhor da história não é a redução das doenças mas sim, para aqueles que possuem problemas com o/a companheiro/a, é arrumar uma forma de deixar qualquer desculpa de lado. “Meu bem, sou cardíaco e preciso dar uma. Olha aqui a receita do médico”. Quero ver se dor de cabeça ganha da receita do cardiologista.

E o que vou fazer no médico? Ora, já pegar a receita né. Vai que acontece algum piripaque :-)

Frase da semana

Que analogia!

Motoboy

“Motoboy é como pênis: Tem cabeça e não pensa, vai e vem o tempo todo, quer passar onde não cabe, às vezes se esfola, geralmente anda duro e, de quebra, ainda fode os outros!”

Vou vender pastel

Um de meus amores é o pastel. Não estou falando daquele pastel de forno ou ainda os pastéis de Belém. Estou falando daquele pastel de feira quentinho que você acorda cedo para ir comer. E com um vinagrete então…

Aqui ao lado da casa da família tem feira todo o domingo (outra coisa que gosto, feira livre). E claro, barraquinha de pastel de japonês. Sim, porque pastel de italiano não é pastel, é pizza. Pastel tem que ser japa, o restante é imitação made in China (até isso eles pirateiam). Mas enfim, todo o domingo que cá estou, acordo cedo esteja fazendo sol, chuva ou caindo canivete aberto lá estou comendo pastel.

Hoje não foi diferente. Nove da manhã já estava comendo pastel com meu segundo irmão. Come um, come dois e começamos a fazer um exercício matemático (em plena nove da matina de domingo) de quanto o Mário, dono da barraquinha, ganha por mês e simplesmente decidimos: vamos vender pastel. Quer ver porquê?

O primeiro problema: como descobrir quantos pastéis vende por dia. Então fizemos um cálculo “por cima” baseado no seguinte: durante a meia hora que lá estivemos contamos 60 pessoas comendo pastel. Cada pessoa come em média dois pastéis (o que não vale para mim, claro), que prefazem 120 pastéis a cada meia hora, 240 por hora. Como a feira acontece entre às 7 e meio dia, são cinco horas dia que totalizam 1200 pastéis. Colocando uma média de R$ 2,20 cada pastel, o faturamento diário de seu Mário só com pastel é R$ 2.640,00.

Agora, multiplicamos este valor por 30 dias (porque feira não tem feriado), chegamos a conta de R$ 79.200,00! É pouco? Pois bem, acrecentamos também 600 latas de refrigerante (uma para cada dois pastéis) em média por dia ao preço de R$ 2,00 cada uma, temos no final R$ 36.000,00. Somando, chegamos ao faturamento de R$ 115.200,00 por mês. Se o Mário depois que pagar tudo ficar com só 10%, seu lucro líquido é de R$ 11.520,00.

Resultado de meu domingo na feira: nunca saí tão frustrado de uma comilança quanto hoje. O pasteleiro ganha muito mais do que eu que já tenho 20 anos de profissão e muito mais do que o presidente (sem descontar os cartões, é claro), mesmo fazendo pastelão. Ser presidente? Ser programador? Que nada, quero é ser pasteleiro :-)

I’ll be back!

I’ll Be Back!Tá bom. Estou voltando mas ainda demora um pouquinho. Preciso fazer uma nova cara para o blog já que retornei para casa (que casa!?) no Brasil. Como no carnaval não deu tempo porque estava me esbaldando de comer, fica para mais tarde. Mas eu prometo que volto contando um monte de coisas desde a saída de Timor no final do ano passado.

Ahhh, só um aviso. A “saída” foram saudades do pastel de palmito, da cerveja decente, do churrasco só com sal e também da prole que aqui ficou. Foi bom o tempo que durou. Quem sabe em 2010 novamente em outras paragens?

I’ll be back!