Categoria: Música

Dois maravilhosos monstros

Meu gosto por Ella Fitzgerald vem de longe. Acho que desde a primeira vez que li a obra de Mario Puzo, O Chefão. Nele, Jonny Fontane, um dos personagens da trama, é um cantor decadente com um problema nas cordas vocais que o impede de cantar como nos bons tempos. Frustrado, passava horas ouvido outros cantores e dentre eles, Ella Fitzgerald. Coincidência ou não, creio que tenha sido influenciado pelo livro pois em casa pouco se escutava o jazz americano; o velho ainda preferia os clássicos Chopin, Schumman, Listz e Tchaikovisk. Não importa. Hoje a paixão que tenho por Ella se compara somente a que rendo a Sinatra e Sammy Davis Jr. O restante fica léguas para trás. Sua voz vezes aveludada, vezes acetinada, vezes cheia de farpas, Ella é aquilo que se ouve na penumbra sorvendo um bom vinho para deixar a mente fluir embalada pela música.

Mas e quando este conjunto de qualidades se encontra com outro tão grande e tão forte quanto Antônio Carlos Jobim, o nosso maestro Tom? O que fazer? Certamente preparar a ambulância para o ataque do coração.

Pois descobri semana passada na web um presente para os ouvidos e o coração. Um songbook de Ella cantando músicas de e para Tom, mesmo nunca tendo trabalhado com o maestro brasileiro. No repertório de “Ella Abraça Jobim”, vários sucessos imortalizados por dezenas de artistas pelo mundo todo e outras músicas que são um verdadeiro presente não só para o brazuca, mas para todos que ouvem.

Ao contrário de alguns críticos, o álbum em minha opinião é sensacional. Tenho que confessar que o repertório deixa um pouco a desejar pois “esqueceram” de algumas músicas mais conhecidas e mais sonoras, mas isso não tira o brilho e a beleza da obra que deve obrigatoriamente estar na coleção de quem gosta de um ou de outro e, principalmente, de quem gosta dos dois.

A ficha técnica e comentários sobre o songbook podem ser lidos na Amazon clicando-se aqui e o álbum pode ser encontrado via torrent, clicando-se aqui. Mas atenção, compre o CD. Não pela pirataria em si, mas para ter guardada uma verdadeira obra que reverencia um dos maiores, senão o maior artista brasileiro.

Enjoy!

Haja música

Tenho um mp3 player que, mesmo sendo um pouco “trambolhudo” , é de uma capacidade de armazenamento e de uma qualidade de áudio impressionante.

Como sempre gostei de música, muito mais que vídeo, sempre fui armazenando dentro do mp3 player tudo aquilo que gosto realmente, passando por coisas menos conhecidas como Pádua e Lucilene Castro até coisas como Bizet, Tchaikovisk ou ainda Ramones, Massacration e Mettalica.

O que não sabia era que tinha tanta música dentro dele. Ontem a soma bateu a casa das 10 mil músicas, todas ouvidas e conhecidas. Melhor que isso? Ainda faltam 12 Gigas para serem preenchidos, ou seja, pelo menos mais umas 3 ou 4 mil músicas.

Dúvida? Dê uma olhada no rodapé do programa de acesso ao mp3 player.

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Valeu a pena

Peter WhiteMais de quinze dias para baixar um CD. Que paúra meu Deus. Mas valeu a pena, e muito!Na minha busca pelo jazz moderno de alta qualidade e no nível de Acoustic Alchemy e Chris Botti, achei outra pérola maravilhosa chamada Peter White. Diferentemente dos dois, o negócio de Peter é o violão (chamado não sei porque em inglês de guitarra) que lembra muito Stanley Clarke e também a bossa-nova de Tom Jobim e Toquinho. Este inglês já possui mais de 30 anos de janela tocando junto com os maiores nomes do jazz moderno (ou smooth jazz), fazendo shows por todo o mundo e participando os maiores festivais de jazz. De uma música gostosa de se ouvir no fim de semana quando queremos paz ou ainda na beira da praia, White encanta com as melodias bem arranjadas e de uma musicalidade incrível.

Seu último trabalho (o que tenho) chama-se Confidential. Lançado em 2004 pela Columbia, traz 11 composições que são bálsamo para os ouvidos. E mais; como solistas em algumas das músicas estão Chris Botti, Paul Brown e Michael Paulo, além de Christopher Cross cantando em uma das faixas. Vale ter o CD e certamente assistir um show (ainda não esteve no Brasil).

Enfim, mais um para a coleção dos “melhores do jazz”.

O site do artista pode ser conferido aqui bem como várias de suas músicas que lá estão disponíveis para download.

Bom domingo!

O fino do jazz moderno

Minhas excursões pelo mundo musical do jazz moderno tem me dado bons frutos. Depois de Chris Botti, encontrei um novo grupo de jazz moderno que está há dias tocando em meu MP3 player. Chama-se Acoustic Alchemy, uma banda anglo-americana com mais de 20 anos de estrada e um som fino, bonito, capaz de agradar desde o mais punk até o mais eclético ouvinte.

Em seu último álbum, American English (março/2005) o grupo repassa 20 anos de carreira já reconhecida pela qualidade musical e composições maravilhosas. Cada faixa cheia de sax, guitarras, trompetes e outros instrumentos que fazem a alma do grupo e do jazz em geral.

Vale a pena conhecer.