Dez dias de estrada

Já estou há dez dias na estrada e somente agora encontrei uma máquina onde conseguisse escrever um pouco. As porcarias dos computadores nos ditos países socialistas só usam Microsoft e o Internet Explorer. Aí meu amigo, a coisa não vai.

No norte da TailândiaNestes dez dias passei pela Tailândia e Laos. O primeiro, uma escala técnica para a entrada no segundo pela “ponte da amizade” que liga Nong Khai a Vientiane, capital laociana. Lá, vários passeios, ótimas fotos (que serão mostradas depois) e boa comida. Saído da capital rumo ao norte, Luang Prabang, uma pequena cidade patrimônio histórico da humanidade pela Unesco. Linda de morrer, pequena, tranquila e várias coisas interessantes para fazer (mais do que na capital). Conheci as Pak Ou Caves, bebi o whisky feito de arroz chamado “laolao” e subi dezenas de escadas que quase me mataram.

Depois de dois dias lá, Hanoi, já no Vietnã. Um lugar impressionante pela baderna, pessoas e muita, muita motocicleta. É algo que qualquer motoboy paulistano pararia na esquina para pensar o que fazer. Ele simplesmente, por mais doente que fosse, não entenderia como as coisas funcionam aqui. Tive que ficar dez minutos parado em um cruzamento para gravar os enxames de motos que conseguem, sem semáforo, sem guarda, sem nada, se cruzarem e não se tocarem. Algo que tem que ser visto e pouco pode ser descrito.

Hoje, vou fazer a “sessão museu”. Vários deles para ver e tentar compreender um pouco do país e do povo. Além disso, ver algumas coisas relacionadas com a recente (sic!) Guerra do Vietnã impetrada pelos americanos em território da Indochina. Certamente, algo interessantíssimo para conhecer mais de perto.

Do “comunismo/socialismo” nada sobrou. Coca-Cola, Marlboro, Ford e Versace são marcas constantemente vistas em produtos e anúncios por todas as ruas e prédios. Além disso, a invasão chinesa é sentida em todas as esquinas, seja por lojinhas empanturradas de produtos, sejam pelas pessoas caminhando nas ruas com suas proles a tira-colo. Fatalmente, se não tomarmos cuidado, mais dia ou menos dia estaremos falando mandarim e tendo-a como idioma oficial do mundo.

Enfim, ótimas imagens, ótimas recordações e vários quilômetros de viagem. Semana que vem parto para o norte do país que promete ser muito lindo, principalmente pela chuva prometida e pelo frio esperado. Até que enfim, estou há onze meses só no calorzão.

Até mais!

2 Comentários

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  1. Olá Carol,

    Estou de volta. Acompanhe o blog que tem muita história nova da viagem a Indochina.

    Um abraço

  2. Carol Wieser

    24/11/2007 — 16:19

    Paulino…
    Boa Sorte na sua nova jornada!!
    Gosto dos lugares e da maneira como narra os fatos… Continue escrevendo, vou acompanha tim tim por tim timr!!!
    Abraços

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