Neste final de semana fui assistir a peça Na medida do Possível com Eduardo Martini e confesso que é tão boa quanto a última que assisti, também do mesmo ator, I Love Neide. Com um humor escrachado e totalmente politicamente incorreto, Na Medida do Possível mostra a vida de Adamastor, um quarentão que acaba de se separar, não sabe o que faz da vida e fica conversando com seu peixe no aquário lembrando-se da ex-mulher. Para dar um sossego nos pensamentos, conta sua ida ao casamento do primo junto com seu amigo Zé, aquele que tem como refrão “puta papo de viado”. Toma umas cachaças (inclusive com o padre), vira padrinho e ainda vomita na festa. Sensacional!

O ator mostra mais uma vez que é bom de palco. Ao contrário da peça I Love Neide em que passou todo o tempo em cima de um salto agulha, desta vez foi sair totalmente suado depois de uma hora e meia de apresentação de terno e gravata (exceto pelos poucos minutos pelados sobre a cama do palco). Um show que vale a pena ver quando retornar a sampa ou ainda em alguma cidade do país.

E por falar em papo de viado…

Entrei para a academia  (puta papo de viado!). Calma! Não criemos pânico! Não estou lá para me tornar nenhum metrosexual marombado e tampouco para raspar os pêlos do corpo. A academia é mesmo por dois motivos básicos: preciso sair da frente do computador e preciso mudar a vida sedentária.

A primeira situação, somente largando a máquina para resolver. Tenho mania de dormir somente 4, 5 horas por noite e o dito cujo nem sequer é desligado. Vai dizer que sou viciado? Que nada, sou viciado em aeroporto e cidades novas (além do maldito cigarro). O problema é que tocar uma empresa, escrever livro, ministrar curso, proferir palestra, conectar pontos de novas oportunidades, convidadar parceiros e etc, requerem uma dose cavalar de apertos nas teclas do micro. E-mails? Pelo menos uns 150 por dia. Telefonemas? Diversos (quem foi o fdp que inventou celular???). Linhas de código? As dezenas. Então meu caro, se não colocar na cabeça que tenho que ir para a academia, lascou-se.

O segundo problema advém do primeiro. Mesmo com a quantidade absurda de viagens, fico sentado defronte ao micro. Então, da mesma forma que o primeiro problema, só saindo de casa para resolver o assunto.

Tá certo, já está me sacaneando pensando que vou emagrecer e virar marombado não é (puta papo de viado!)?. Esqueça! Vou para a piscina que é a única coisa que posso fazer (por enquanto) com meus braços de “boneco de posto de gasolina”. Se inventar de puxar peso ou coisa do tipo, lá vou eu para a UTI enfiar o dito cujo no lugar novamente. E tenha certeza, não estou nem um pouco a fim de outra luxação no ombro. A dor é daquelas…

Mas vou dar a dica para não dizer que sou safado. Acompanhe aqui no blog a partir da semana que vem a saga do gordinho trabalhador no mundo da malhação e divirta-se. Quando não estiver quebrado de cansado, conto as novidades.

E vá ver a peça! Vale cada palavrão falado nela (principalmente a piada do arquiteto que não foi macho o bastante para ser engenheiro e tampouco viado o bastante para ser designer).