Dia: 1 de fevereiro de 2009

Não quero mais pastel, quero supermercado

Ano passado escrevi num outro texto sobre minha idéia de vender pastel mas confesso que depois deste final de semana esqueci isso, esqueci a informática e resolvi que vou montar um supermercado. Não acredita? Vou explicar porque.

Fui, como todo integrante da classe média brasileira, fazer o “mercado” mensal numa loja da rede de supermercados Extra pertencente a família do Abílio Diniz. Sabadão, supermercado cheio de gente, um calor de rachar em sampa mas tudo bem, se não vou, não tenho o que comer e então, toca fazer a bendita.

Na hora do pagamento comecei a perceber diferenças de preços em alguns produtos. Mesmo não sendo uma pessoa que anota cada um dos valores (prática que vou adotar a partir da próxima compra) tenho uma memória fotográfica que foi acionada e começou a pegar estas divergências. Comecei a questionar o caixa e ele simplesmente abria uma outra “janela” no programa, digitava o valor que eu tinha dito e voilá, estava alterado para o preço que falei.

Até aí tudo bem mas fiquei com aquela coisa na cabeça e comecei a fazer contas. Quando minha compra foi encerrada, a diferença foi de 2 reais ou mais ou menos 1% do valor gasto. É pouco, claro que sim. Mas agora vamos entender porque quero montar um mercado.

Digamos que numa destas grandes lojas passem mil clientes/dia (fácil) e que cada um tenha uma diferença, um pelo outro, de 2 reais. Então temos 2 mil reais sendo roubados dos clientes por dia. Se computarmos 30 dias (mercado não fecha nos finais de semana e tampouco nos feriados), são 60 MIL REAIS por loja de roubo dos clientes. Então para quê vou trabalhar se posso viver do roubo consentido?

Questionando a pessoa do caixa sobre o assunto e porque isso acontecia, ele me sai com uma pérola daquelas: “todo o dia a matriz altera os produtos no sistema e o funcionário “esquece” de alterar o preço na gôndola”. Meu amigo, esquecer um produto, vá lá mas esquecer 10, 20, 30? Estranho não?

O que me deixou estarrecido de verdade foi a telinha de “ajuste de preço sistema X gôndola”. Se não fosse uma prática considerada normal, para quê existiria tal tela? Assalto descarado ao consumidor.

Então, já esqueci a idéia de vender pastel na feira. Vou é montar um supermercado e roubar você para em dois meses comprar uma lancha bacana e passear em Angra.

Nova cara, mesmo blog

Não gosto de mesmice. Nunca gostei. Não gosto de enlatado, de esterilizado, de pasteurizado. Gosto de mudar as coisas e de mudanças (será que por isso “já morei em tanta casa que nem me lembro mais…”?). Gosto de viajar, de ver coisas diferentes, de conhecer novos lugares, novos caminhos, novas pessoas.

Por isso tudo mudo a cara deste blog de tempos em tempos. Isso não quer dizer que não tenha gostado de todas as que tive. Sim, gostei; mas precisa-se mudar. Tal como a vida, morre o velho para dar lugar ao novo (que se aproveita do velho inclusive para nascer).

Com a chegada das férias e mais fotos (muitas!!!), era hora de mudar novamente. Então mudei a cara do blog mas o conteúdo continua da mesma forma, exceto pela absoluta falta de tempo pela qual ando passando que não me permite escrever o tanto que desejo. Desta vez, ao contrário de um visual “pesado”, resolvi adotar um mais clean (de novo!) que acompanha o momento “mar de azeite” pelo qual caminho. Obviamente que nem tudo é bonança e tranquilidade mas tento fazer com que seja cada vez mais.

Enfim, eu gostei do make-up e espero que tenha gostado também.