Categoria: Miscelanea

A alegria de ser timorense

Foto clicada na festa da defensoria pública em 13/01/07, dia que estava chegando em Dili. Sorte? Não sei, mas feliz por ter registrado momento tão bonito.

Quer aprender outro idioma? Experimente estas dicas

Já dizia o velho guerreiro Chacrinha que “quem não se comunica, se estrumbica”. E nos dias de hoje onde a globalização deixa de ser um sonho para se tornar algo ao alcance de alguns cliques, o aprendizado de outros idiomas é mais que uma necessidade, é uma obrigação.

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Meus amigos marroquinos

Passei as duas últimas semanas de novembro em Recife/PE ministrando um curso no Tribunal de Contas do estado. Um trabalho tranquilo e que adoro fazer, além de uma turma extremamente interessanda e batalhadora. Deste período, além de meus novos compadres cachaceiros, primos de Juliano (Guto, Hugo, Fabio, etc) e da Bodega do Véio (um “point” em uma viela de Olinda remanescente daqueles tempos que se achava numa bodega até parafuso de cabo de serrote), também tive a oportunidade de conhecer duas pessoas que, além de serem extremamente engraçadas, são exemplos de perseverança dos mais bonitos.

Fiquei todo este tempo em uma pousada em Olinda chamada Pousada D’Olinda. Um casarão antigo defronte da Igreja de São Pedro. Simpática, limpa, arrumada e tranquila, a pousada é certamente uma das melhores da cidade não somente pelo preço justo mas também pelo maravilhoso atendimento proporcionado pelos irmãos marroquinos que dela são donos.

O mais velho, Abdul (ou pelo seu nome brasileiro, Artur) chegou antes no Brasil. Resolveu ficar seis meses viajando e depois de um ano, recebeu uma proposta de um amigo para voltar e cuidar da pousada que hoje está. Engenheiro Químico de formação, ele já fez de tudo na vida; foi cabelereiro, garçom e artista plástico. Aventureiro nato, deixou sua terra natal devido ao magnetismo que o Brasil exerce nos estrangeiros (palavras dele inclusive) para simplesmente aqui viver. Estudou gestão hoteleira por correspondência no SENAC e depois de formado com louvor, mesmo falando um português simplório na época (mas falando fluentemente francês, inglês, árabe e espanhol) ele assumiu a pousada “zerada” e com muita força de vontade e dedicação, manteve o bom nome da casa, constituiu família aqui e hoje não pensa em voltar.

Seu irmão, Abdila (ou Andrey), depois de um ano e meio de seu irmão no país, foi convidado para também vir ao Brasil trabalhar e viver. Ele tem uma história mais engraçada ainda. Seu pai, comerciante no Marrocos deu um ultimato daqueles que os jovens precisam para virar homens: “ou você se casa e toca a loja da família ou vai morar com seu irmão no Brasil”. Ô dureza!!! Pediu um tempo para pensar nas duas propostas. Em suas palavras, diz ele que “A felicidade pode não estar onde nascemos, mas ela existe”. Dias após, recebeu alguns “sinais” da vida dizendo que o melhor que teria a fazer era vir para o Brasil pois sua felicidade poderia cá estar. Resolvido, chegou ao seu pai e disse: “resolvi ir para o Brasil”. Seu pai, que aparenta ser pessoa vivida pergunta à ele o porque desta decisão e ele, de bate-pronto responde: “penso que estando embaixo das asas de meus pais não serei homem realmente. Assim, acredito que lutar o dia-a-dia em uma terra diferente poderá me dar esta condição”. Satisfeito com a resposta do filho, mandou-o para cá a fim de ajudar o irmão e também a se tornar homem.

Da mesma forma que o mais velho, estudou o que pode sobre nossa cultura e sobre os assuntos relacionados com seus negócios paralelamente as tarefas diárias que tinha que exercer dentro da pousada. De causos em causos, hoje está tranquilo, com família constituída e feliz da vida, condição esta estampada no sorriso tanto dele quanto de seu irmão mais velho.

As lições aqui são muitas. A primeira delas é que fazemos nossa felicidade (ou buscamo-a em qualquer lugar). A segunda que não existe impossível mas sim o medo (que já falei várias vezes aqui sobre ele). Medo do novo, medo da insegurança do que irá encontrar, medo de não dar certo, medo de tudo. E finalmente, a melhor delas é que sem trabalho e amor não se constrói nada. Esqueça o que você conhecer sobre “turcos” que nós brasileiros teimamos em chamar todos que são árabes (da mesma forma que os paulista generalizam todos os nordestinos como “paraíbas”). Eles cá não estão em busca de dinheiro fácil ou coisa do tipo. Cá estão para serem felizes, para contribuírem com nossa terra e também para nela deixar um legado de bons feitos.

Pessoas honestas e extremamente educadas e cortezes, certamente Deus para eles é muito bom e para mim, mais ainda em poder conhecer pessoas deste tipo que agregam mais ainda em minha vida e que me mostram cada vez mais que ser feliz é diferente de estar feliz.

À eles, meus sinceros e humildes parabéns pelo peito e coragem. À você que lê, visite a pousada e tenha certeza que irá se impressionar tanto quanto eu com o respeito e simpatia, provando que não é somente nós brasileiros que a temos.

Obs: as fotos de Olinda podem ser vistas clicando aqui.

Participe da próxima missão à Marte

Você não precisa ser uma sonda ou ter uma conta corrente sem limite de crédito para participar da próxima missão ao planeta vermelho. Basta simplesmente preencher um formulário e seu nome será incluído dentro de um mini-DVD que seguirá na missão Phoenix juntamente com mensagens de Carl Sagan, Arthur C. Clarke e muitos outros.

Os dados são simples: seu nome (que estará dentro do mini-DVD), endereço de e-mail e país (se quiser). Feito isso, até dia 5 de janeiro você pode também fazer o download do certificado em formato PDF que consta seu nome e a garantia que ele estará dentro do DVD.

Interessante não? Pois então acesse o site da Planetary Society clicando aqui e participe. Quem sabe daqui há alguns anos descobrem o DVD e seu nome está lá também, participando das primeiras palavras que outros seres vão ler de humanos?

Nome, coisa engraçada

Já parou para pensar sobre seu nome? Estranho não é mesmo? Pois dia destes estava pensando sobre o assunto e encontro várias coisas interessantes sobre os meus.

A primeira delas é que sempre erram meu nome. Seja o nome ou o sobrenome, erram. Paulino, vira “Paulinho” (que crime!), Michelazzo vira Michellazo ou ainda a aberração maior, Michellazzo. E o nome do meio? O Nitsche (nome da parte de mãe) é sempre, sempre relacionado com Friedrich Nietzsche, um filósofo prussiano (ou alemão, como queiram) crítico ferrenho da igreja. Tá tudo errado. O nome não é nada disso. É Paulino Ernesto Nitsche Michelazzo, mezzo italiano, mezzo alemão. Os dois primeiros nomes tem história interessante, bem como de meus irmãos.

Paulino era o nome de meu avô paterno que já estava mal das pernas quando nasci. Já o Ernesto tem duas variantes. Uma, de mãe que este era o nome de meu avô materno (assim teria o nome e sobrenome dos dois avós para o pau não comer) e a outra, de meu pai que é uma homenagem à Ernesto “Che” Guevara. Como bom comunista que ele era, acredito que ambas estão corretas. Já meus irmãos, cada um com um nome “diferente” também. Dimitrov, do George, é uma homenagem à Giorgi Dimitrov, um comunista que foi ex-primeiro ministro daquele país e diz a lenda que meu pai o encontrou num congresso da Internacional Comunista no México. O Marti do Augusto é homenagem à José Martí, herói cubado e líder da independência daquele país.

Mas claro, não tem só isso. Quando da solicitação de reconhecimento de minha cidadania italiana, descobri muitas coisas interessantes, como por exemplo, nossa família é 40% de uma “megalópole” de 2500 habitantes chamada Castegnero, no nordeste da Itália, perto de Veneza. Lá existe outra família chamada Facchi que é outros 40% e, naquelas zebras inexplicáveis, resolveram dois desterrados dos “clãs” se casarem, misturando o sangue até então “puro” (coisa mais doida). Claro que isso deve ter gerado um mal-estar daqueles mas que fazer, ela gostava dele, ai danou-se.

No meio disso, descobri que TODOS os “Michelazzo” que estão no Brasil são meus parentes. Quando vieram para cá, eram somente 3 irmãos que geraram os tantos trezentos que somos no país (mais ou menos isso). Ai, quando o “meu lado” da família chegou, virou misteriosamente “Michelasso” (trocaram os “z” por “s”), pequena diferença que me custou vários neurônios. A sorte é que tínhamos o passaporte do dito cujo guardado por mais de 100 anos com a família. Ai foi fácil descobrir que o erro foi do espertão do porto de Santos que não entendia italiano e claro, o italiano que não falava vírgula de português. Ai mistura daqui, mistura dali, separa, junta e cá estamos, o “Paulinho Michellazzo”, com nome trocado e tudo mas aqui.

Mas o que me leva a escrever isso é saber, por quê mudam meu nome? Será que é tão difícil assim? Vou trocar para “Pinto”, ai quero ver Tongue out

Bem, deixa eu voltar para mais um capítulo do livro. O deadline da editora está acabando e vou matar o editor.

Bom final de semana.

Dedo novo

Depois de cinco dias… o dedo está novo. Claro, ainda falta um pouco de cicatrização mas perto do que estava, uma melhora mais que boa.

A foto do danado pode ser vista aqui.

Dedo cortado e melodia

Final de semana foi literalmente trash. Abri uma valeta no dedo com um pires que quebrei dentro da pia. Coisa que não me acontecia há muito, muito tempo. O problema não é cortar o dedo. Sai sangue, fica aquela coisa feia, dói, enche o saco e ainda tem-se que limpar a sujeira no chão. O problema mesmo é não ter ninguém para te ajudar com certas coisinhas necessárias, como por exemplo, fazer um curativo no dedão com ele cortado é de lascar (nestes momentos fico imaginando aleijados o que passam).

Ai fiquei pensando em quanto uma pessoa ao seu lado faz falta. Claro, não só para fazer um curativo no dedão. Isso qualquer atendente de farmácia faz. Mas o ponto mesmo é o apoio moral para as passagens da vida. Aquela coisa de ter quem xingar por exemplo, ter com quem partilhar os problemas, as decepções, as alegiras, as mágoas. Tem com quem comentar o que se passa na esquina ou do outro lado do mundo. Poder ouvir o telefone tocar sem ser engano ou cobrança, poder ouvir a voz de alguém conhecido.

Complicado….

Mas o dedão rendeu uma nova descoberta. Como estava chateado por ele e por não poder xingar ninguém que não fosse a lagartixa, minha companheira de noitadas e filmes, resolvi ir na locadora pegar uns DVD’s para passar o tempo já que não poderia trabalhar por dois dias, pelo menos.

Um deles, de produção chinesa, chama-se Herói. É uma história interessante sobre amor, honra, confiança, honestidade e espadas, muitas espadas (adoro filme de espadas). Estrelado por Jet-Li no papel principal e vários outros atores de primeira linha, a música ficava martelando a cabeça. Um violino lindo, melancólico e ao mesmo tempo profundo, perfeito para dezenas de cenas surreais de belas da produção.

Claro, sai a caça do sujeito que fazia aquilo e descobri o nome da fera: Itzhak Perlman. Um violinista maravilhoso e muito conhecido dentro do mundo do cinema pelas melodias dos filmes O Pianista, A Lista de Schindler, Cinema Paradiso e outros mais.

Vale a pena, acredite. Procure na web este cara. O que ele toca é simplesmente divino. Tão bom quanto ou melhor que Vanessa Mae, tirando claro, as devidas diferenças de estilos.

PS: Quanto ao dedão, se quiser ver o estrago, clique aqui.

Transparência Brasil

Chegam as eleições e começa a mesma ladainha: candidato com cara lavada pedido, implorando, chorando, ajoelhando pelo seu voto. Para isso, santinhos, carreatas, gasolina no tanque, festinha, churrascada, promessa que não pode cumprir, promessa que pode cumprir mas não vai, casa, cesta básica e até casamento para a filha encalhada. É um descalabro tão grande que volta e meia fico decepcionado e penso que a solução é, como diz um grande amigo “bala na nuca e vala comum”. Só não o fico pois, se conseguimos (nós italianos) tirar o facista do Berlusconi da cadeira de primeiro-ministro da Itália, por quê aqui não? Tá certo, tá certo, aqui não é a Itália, mas…

Para aqueles menos politizados, algumas dicas interessantes. A primeira é o site Transparência Brasil. Uma ONG que desde 2000 trabalha para combater toda esta palhaçada que temos nas eleições e política brasileira. Este ano estão com uma ferramenta interessante: Excelências Com ela você pode ver o que seu candidato fez ou deixou de fazer, caso já tenha passado pela Câmara. Uma ferramenta indispensável para quem quer votar bem (ou pelo menos que tem esperança nisso).

O outro é um cliente meu mas não é por isso que o indico. É a também ONG paulistana Voto Consciente. Nos mesmos moldes da Transparência Brasil, o Voto Consciente atua no estado de São Paulo principalmente junto à Assembléia Legislativa e Câmara Municipal. Lá também você pode encontrar tabelas com o perfil de cada um dos deputados e saber o que querem (ou deixam de querer) nestas eleições. Um trabalho muito bem feito das senhoras que tocam esta ONG com braço de ferro.

Visite os sites e por favor não jogue seu voto na lama. Sinceramente não estou a fim de pegar meu passaporte italiano e me mandar daqui. Mas que está difícil aguentar, está.

Transparência Brasil

Voto Consciente

Para se divertir no micro

Quer se divertir no micro e sabe um pouco de inglês? Pois aproveite esta dica.

A Wikipédia é considerada hoje a enciclopédia mais completa do mundo, ultrapassando inclusive grandes publicações como Brittanica e Oxford. Livre, gratuita, aberta e colaborativa, é uma fonte de conhecimento inesgotável.

Mas obviamente que o conteúdo lá existente para muitos chega a ser sisudo. Que fazer então? Criar uma enciclopédia para achincalhar tudo o que existe por ai. Dito e feito; nasce a Uncyclopedia, uma versão totalmente bizarra da Wikipédia e de todas as enciclopédias que você pode imaginar.

Não acredite no conteúdo, claro. Mas que vale para ótimas risadas, isso vale. Só para dar um exemplo do nível do conteúdo, o verbete “Brazil” está assim inicialmente descrito: Brazil is a tiny tropical island off the coast of Southern Argentina. (Brasil é uma fina ilha tropical fora da costa do sul da Argentina). É mole?

Acesse a Uncyclopedia e divirta-se. Ahhh, e se quiser editar o conteúdo também pode mas por favor, mantenha o nível da piada lá em cima!

Poços de Caldas

Depois de quinze anos, lá estive novamente. Continua tranquila e muito bonita. As fotos valeram para recordar (tá certo que a recordação não é das melhores mas…)

Veja aqui, Poços de Caldas, Minas Gerais